sábado, 29 de abril de 2017

Sobre Medos e Coragens



Chega uma hora que
não dói mais e os assombros
de antes são só assombros
sem função, vampiros
desdentados,

É
como o medo do escuro
que passa quando a gente
cresce,

As inquietudes
que pareciam que nunca
iam acabar, acabam.

Quem me vê não diz
que já frequentei abismos
e labirintos

Nem eu digo,
porque me olho no espelho
e pareço tão inteiro que
nem parece o tanto que
já caí e quebrei.

Eu acho
é graça.

Às vezes,
me acho tão forte
e me congratulo porque
cresci e porque crescendo,
venci monstros,

Às vezes,
me pergunto, se os monstros
eram realmente grandes,
se eram realmente monstros

Ou se era só eu
que era muito pequeno
e assustado.



                                                                
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