sábado, 3 de junho de 2017

Raul que me perdoe...


Já mudei muito
de casa, de escola,
mas mudei mais
de mim,

Muito mais
de mim...

E se você acha
que incomoda
mudar pra uma casa
ou uma escola nova,

Imagina viver
de transformação
em transformação,

De mudança
em mudança,

Andando num
chão que também
anda e, às vezes,
dança.

Sou tão outro do
que era antes que
velhos amigos não
me reconhecem

E
os novos quase
que não acreditam
quando conto,

Não é
como se fossem duas
pessoas diferentes
e sim 10 ou 20,

Cada tempo em que
vivi teve uma versão
de mim e eu passei
por muitos tempos,

Eu era todo argila
e o mundo, me
apertando, me
moldava,

Mas aí,
pelo meu próprio
bem, aprendi a ser
mãos também

E
alguns segredos
da modelagem.

Existencialista,
penso que a essência
não é um presente,
mas uma conquista,

Então, se hoje sou
quem sou, é porque
um batalhão de mins
lutou pra conquistar

E
alguma coisa
conquistou!

Não sem perder
ou sem conhecer
alguns fracassos,

Na verdade, há
mais tropeço do
que passos na minha
caminhada,

Mas sou quem sou
e até que tô contente
com isso,

Não que isso seja
uma grande glória,
uma grande história,

Mas
não tá perdido
é bom e é tanto
que é como vencer,

Já que eu prefiro
NÃO SER
aquela metamorfose
ambulante.

Raul que me
perdoe...



                                              
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