sábado, 15 de agosto de 2015

Sobre Deixas e Ensejos



01.
As coisas da vida,

Às vezes, têm a ver
com sorte, então,
a gente não tem
muito que fazer:
espera.

Às vezes, têm a ver
com merecimento,
então, a gente
não pode esperar:
faz por onde.

É assim,
às vezes, depende
da gente, noutras vezes,
a gente é que depende.

Saber distinguir
é que é o problema.


02.
Boa parte das inquietações
vem desse desacordo
entre o que a vida exige
e a gente dá.

Às vezes, ela exige espera,
então, fazer o que seja
é desperdício,

Às vezes, ela exige atos,
então, qualquer espera
é omissão.


03.
Basicamente, é isso:
ou a gente aprende
a reconhecer as deixas,
os ensejos,

Ou se condena
a viver numa contínua
divergência,

Agindo na hora da espera
e esperando na hora de
tentar.




                                                  
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