sábado, 18 de junho de 2016
Balada Sartreana
Enquanto me aconteço,
do meu lado avesso
o inverso, o
NÃO!
- Dá pra ver
a negação.
Enquanto me apareço,
a cada passo (reconheço)
vão desaparecendo
as opções,
Eu sigo sendo
só o que sou,
O resto é o rastro
do que se perde
cada vez que
vou.
É o ser por ser,
é o quase,
é o quem sabe?
o abrir mão...
Sou muito mais
enquanto não,
como os planos
antecipando a ação,
Mas pra continuar
muitos, tinha que
se manter ninguém,
viver como
possibilidade,
Como quem pode
tudo, mas sem poder
de verdade.
Então, melhor
é ser e aceitar
que liberdade
é essa prisão.
Melhor
ser logo o que se é
ao custo dos possíveis
que não são,
É o jeito
pra ser e não ser
em vão.
Ser todo escolha,
ser como a folha
flutuando até
o chão.
De sim em sim,
de não em não,
de opção em
opção.
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