terça-feira, 27 de maio de 2014
Balada Cínica
Poesia inofensiva
para distrair dos conflitos,
como um sussurro,
nada de berro ou grito;
Poesia para elevar
ao céu de algodão doce
estes que buscam a distração
como se outra coisa fosse;
Poesia performática
como um malabarista de sinal
que em troca de um troco,
a lisonja, agradeça triunfal;
Poesia enigmática
que se faça faladora
em seus versos esquisitos
e sua fala enganadora;
Poesia pedante
pra convencer que sei de tudo,
resultado de afinada malícia
com um tantinho de estudo;
Poesia velada composta
com respeito e apreço
com as senhoras e os senhores
que não sei e nem conheço;
Poesia romântica
escrita à luz de velas
que fale do amor
dos filmes e novelas.
Pronto, uma pequena lista
do que evitar…
mas sei, como eu muitos vão dizer
que escrevem luzes,
e talvez só escrevamos breus.
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